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26 nov 2017

O bem-estar do animal e o efeito na qualidade da carne bovina

Apesar das necessidades físicas serem supridas o bem estar psicológico do animal também precisa de atenção.

A situação psicológica afeta de maneira significativa não apenas na vida do animal, mas na qualidade da carne.

Tendo em vista que se os produtos finais reduzem o padrão qualitativo, então, a lucratividade também caí.

Você enquanto pecuarista sabia que o mercado do consumidor tem crescido e que sua base é além da produção sustentável, a ética pelos animais?

Você tem por obrigação oferecer uma carne de qualidade ao seu consumidor então nesse contexto cabe ressaltar a importância de aprimorar as técnicas de manejo.

Reduzir o stress do gado não é uma tarefa fácil, pois, envolve a mudança de atitudes, primeiramente dos cuidadores.

Mas, o esforço é valido porque o animal agitado fica à mercê de acidentes aumentando as chances de deixar ferimentos nas carcaças, sem falar que a carne fica mais escura e dura.

O pH inadequado nas carcaça assim como os hematomas demostram que está faltando atenção no manejo.

FASES PRÉ-ABATE

1 – PLANEJAR
Tudo que você pensar em fazer comece planejando para que seu trabalho ganhe eficiência.
Leve em consideração que o gado deve reduzir o stress para que a carne mantenha o padrão de qualidade.
Então qualquer atividade deve priorizar o bem-estar físico e psicológico do animal.
Opte por dividir as tarefas, assim fica mais fácil apontar onde há necessidade de melhorar.

2 – CONDUZIR O GADO
Muitos pecuarista optam por colocar cachorros para ajudar a conduzir o gado até o local desejado, mas saiba que a preferência do animal é por sons agudos: berrantes.
Ao colocar o animal para entrar em currais não os aprece. Eles podem se machucar.
Caso resolva embarca-los deixe que os mesmos tenham livre acesso a agua e alimentos.

3 – EMBARQUE
A saída do pasto ou confinamento até o transporte requer o cuidado de tirar do campo de observação dos animais tudo aquilo que poder desviar a atenção dos mesmos, pois, o esposo fora das porteiras é desconhecido para eles.

4 – O TRANSPORTE
Certifique-se que o condutor tem disponibilidade de tempo, além de condições físicas e psicológicas para seguir a estrada com calma e que o transporte dispõe de segurança para o boi.

5 – DESEMBARCAR O GADO
Comece observando se todos estão em pé para que na saída se houver algum deitado ele não acabe sendo machucado.
No mais basta abrir a carroceria e estimular de forma calma a saída do gado.

6 – DESCANSO

O Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitário de Protos de Origem Animal – RIISPOA exige que os animais tenham descanso para reduzir o stress da viagem, passar por jejum e ficar em dieta liquida.

Na sequência seguem para o abatimento realizado com a técnica de atordoamento.

Essas situações se forem bem realizadas dão ao consumidor a possibilidade de adquirir uma carne vermelha de primeira linha.

Caso contrário, as contusões, a desidratação, o cansaço metabólico destroem a lucratividade.